11 de jul. de 2011

Canários Féos

MELÂNICOS “INOS”

ORIGEM
-1963 – Bruxelas – Bélgica
-Criador: Sr. J.P. Ceuppens
-De um casal de Isabelinos Vermelhos
- Características:
-Parecia: lipocrômico ou um pastel
isabelino.
- Olhos vermelhos
-Subplumagem era bege pálido.
Pensou-se, inicialmente, que o novo fator inibisse quase totalmente as melaninas marrons,
entretanto ficou provado que esta teoria estava errada quando a mutação foi transferida para
os canelas. Estes apresentam as plumas e penas com melanina marrom, mas a distribuição era
variada.
Foram constadas três versões distintas:
-ORIGEM – 1ª. Versão
-As melaninas marrons ocupavam posição idênticas ( bordas das plumas), e a zona central onde se notam as estrias era
branca, e o lipocromo ocupava o restante da superfície.
 ORIGEM – 2ª. VERSÃO
- As melaninas marrons ocupavam posição idêntica, mas o local das estrias era ocupado pelo lipocromo.

ORIGEM – 3ª. VERSÃO
- Havia melanina marrom no lugar das estrias e as bordas das penas eram claras. Nas três versões a subplumagem era
marrom claro.


-Fêmea – possui hormônio feminilizante em maior quantidade que o macho.
-Julgamento é feito separado
- Machos:
- Cabeça: a presença de feomelanina deverá sair da parte média da cabeça(form.máscara)
- Lipocromo: intenso e brilhante
-Melanina: brilhante e mais escura

-Fêmeas:
- Cabeça: a presença de feomelanina deverá sair da base superior do bico.


RECONHECENDO COR:
FÉ RU MS FM X FÉO RU NV FM





FÉ RU MS FM X FÉO RU NV FM




FÉO RU MF IN X FÉO RU IN





FÉO RU NV FM X FÉO RU NV MC



 FÉO ALBINO MC E FM

FÉO LU MF IN X FÉO LU MF NV




FÉO AL INTENSO X FÉO ALBINO NEVADO


RECONHECIMENTO DA COR
 -SÉRIE 029 – FÉOS SEM FATOR
CC253 A CC 260 Machos
CC261 A CC 268 Fêmeas

 -SÉRIE 030 – FÉOS COM FATOR
CC269 A CC 274 Machos
CC275 A CC 280 Fêmeas

FÉOS – PADRÃO IDEAL
-Principal caracterísiticas dos “inos” é o contraste entre melanina (desenho
escamado na cor chocolate) e o lipocromo.
-Remiges e retrizes devem também apresentar as bordas pigmentadas.
Bicos e patas claros, olhos vermelhos rubi.

FÉO MUITO BOM
- Desenho fortemente escamado, formado pela presença de marrom
muito oxidado na periferia de todas as plumas.
- Excelente contraste entre o desenho (melanina) e o lipocromo.
- Nos machos: máscara facial evidente.

SELECIONANDO O MELHOR !
- MELANINA (qualidade)
-DESENHO(dorso, cabeça, asa e cauda)

 Fonte: Fernando Teixeira, Juiz objo 1997,  Juiz COM 2001

NUTRIÇÃO NA CRIAÇÃO DE CANÁRIOS

NUTRIÇÃO NA CRIAÇÃO DE CANÁRIOS
Paulo Ferreira David
Zootecnista
Revista ACCJ 2001

 
O filhote ao nascer, traz consigo uma carga genética herdada de seus pais, e cabe ao criador fazer com que esta carga genética seja aproveitada ao máximo, oferecendo a este novo integrante do nosso plantel as condições mais próximas do ideal, para que este potencial todo seja aproveitado. Assim, devemos oferecer a estes pássaros uma alimentação balanceada de acordo com suas necessidades.
Sementes: Além do alpiste, que deve ser a semente básica para as aves, pelo menos mais três espécies de sementes diferentes ou mais, devem ser misturadas na razão de 10% da quantidade total de alpiste cada uma.
Como por exemplo:
Alpiste = 1000 gramas
Colza = 100 gramas
Niger = 100 gramas
Linhaça = 100 gramas
Nabão = 100 gramas
Aveia sem casca = 100 gramas
Uma mistura como esta, mais variada em relação às sementes, torna mais atraente para os pássaros, e permite que ele obtenha das sementes a variedade de elementos que necessita, pois cada semente tem seu valor nutritivo diferente, devido terem quantidades de elementos diferentes uns dos outros.
Outra vantagem desta mistura de variedades de sementes, e a maior independência que tem em relação a outros tipos de alimentação.
É importante também dizer, que estas sementes devem ser lavadas e secas antes de serem usadas para as aves. Hoje no mercado encontramos misturar de sementes lavadas para uso.
Verduras: As verduras são grande fonte de vitaminas, além de oferecerem água de boa qualidade. Deve-se oferecer pelo menos uma vez por dia verduras frescas, livre de agrotóxicos para os canários.
Com esta verdura a disposição, os pássaros podem ter a oportunidade de fazer seu balanceamento de vitaminas, corrigindo eventuais distorções como exemplo, podemos falar do almeirão e da couve.
Areia: Devido aos canários não terem dentes para fragmentarem os alimentos, estes são fragmentados a nível de moela e neste sentido a areia desempenha um papel fundamental.
É a areia que permite a “moagem” destes alimentos que antecedem a Digestão, fazendo assim, que esta digestão seja completa, permitindo que os pássaros possam extrair destes alimentos todo o seu potencial nutritivo.
Devido a isto, o canário tem que ter sempre a sua disposição areia grossa de boa qualidade, areia esta que deve ser lavada e esterilizada. Hoje no mercado já se encontra para a venda areias prontas para o uso, areias estas que já vem com cálcio, fazendo assim, uma melhor absorção deste alimento tão essencial para a casca do ovo.
Água: Devido a sua variedade de funções e sua utilidade, a água pode ser considerada um nutriente essencial por excelência para sua criação.
Para ter uma idéia da importância da água, um pássaro pode perder praticamente toda a sua gordura e mais da metade da proteína e ainda sobreviver, enquanto que se ele perder 10% de água, resultará na sua morte.
O canário deve ter sempre a sua disposição água fresca e limpa.
Ao contrário dos outros alimentos que oferecemos para os pássaros, a água não tem substituto, ou seja, o animal é obrigado a ingerir da forma como é apresentada, do contrário morrerá de sede. Devido a isto, pelo menos para o bem estar dos pássaros, devemos oferecer água sempre pura, da maneira como nós gostamos de tomar.
Caso seja preciso fazer uma medicação ou alguma suplementação de vitaminas diversas, procurar fazer por outras vias, como por exemplo nas farinhadas. Quando não for possível por esta via de administração, fazer eventualmente na água e por períodos menores possíveis.
Lembre-se novamente que a água não tem substituto.
VOCĘ SABIA?
Obs: os novos vocę sabia estăo na cor azul. 



...que na época do acasalamento é conveniente aparar as penas da cloaca dos canários para favorecer a cópula, principalmente naqueles de penas longas...
...que para melhorar a intensidade do fator vermelho deve-se adicionar ŕ farinhada um pouco de cenoura ralada na proporçăo de 50 gramas para 200 gramas de farinhada...
...que os canários com fator vemelho năo devem ser expostos ao sol para năo perde a uniformidade da pigmentaçăo...
...que para evitar o canibalismo quando filhotes principalmente nos canários brancos e amarelos, o fornecimento de farinhada oleosa é recomendável, assim como adicionar ŕ areia um pouco de sal grosso peneirado na proporçăo de 100 gramas para cada quilo de areia...
...que quando pássaro tiver comendo a propia pena , deixe um pedaco de barbante (20cm), de molho na salmora, espere secar e em seguida amarre ao alcance dos canários...
 
...que os canários brancos ficam com plumagem mais alva quando se banham em água com Bicarbonato de Sódio duas vezes por semana. Para um litro de água, colocar 2 gramas do produto e servir para o banho. Os canários devem secar a sombre a no dia seguinte serem colocados ao sol...
  
...que o piolho (traçador) que comumente ataca as penas das asas e da cauda do canário, formando um rendado nas mesmas, é facilmente removido usando-se um algodăo embebido em álcool, friccionando-o nas partes afetadas até a completa remoçăo. Quando o pássaro está demasiadamente infestado, é conveniente repetir a operaçăo 3 dias após. Um banho de sol por 10 minutos depois da desinfestaçăo é aconselhável... 
...que a luz artificial durante a noite sobre as gaiolas, mesmo de baixa intensidade mas freqüente, torna o sono das aves interrompido com sérios riscos de enfraquecimento físico e suas conseqüęncias.A muda de penas contínua é uma das causas mais comuns, provocadas pela interrupçăo do repouso noturno... 
...que os filhotes de canários até o 80 dia de vida estăo sujeitos, freqüentemente, a desidrataçăo ocorrendo ŕ morte prematura. É aconselhável manter na criadeira água fresca trocada, preferencialmente, 2 vezes ao dia. Manter ainda, nesse período ŕ disposiçăo dos pais, alimentos hidratantes como: chicória, maçă, jiló, acelga... 
...que o filhote de canário saudável pesa no 10 dia de vida 1,72 gr, no 40 dia 6,2 gr, no 80 dia 13,40 gr e aos 12 dias 18,65 gr.... 

 ...que na época do acasalamento é conveniente aparar as penas da cloaca dos canários para favorecer a cópula, principalmente naqueles de penas longas... 

 ...que para melhorar a intensidade do fator vermelho deve-se adicionar ŕ farinhada um pouco de cenoura ralada na proporçăo de 50 gr para 200 gr de farinhada... 
 
...que os canários com fator vermelho năo devem ser expostos ao sol para năo perder a uniformidade da pigmentaçăo... 
 
... que para evitar o canibalismo quando filhotes, principalmente nos canários brancos e amarelos, o fornecimento de farinhada oleoso é recomendável, assim como adicionar ŕ farinhada um pouco de sal grosso peneirado na proporçăo de 100 gr para cada quilo de areia... 
 
...que depois da muda de adultos e filhotes, entre março e abril, vermifugar os pássaros é providęncia necessária para livrá-los de indesejáveis vermes... 
 
...que o Norwich de origem inglesa é a raça que mais se apresenta com quisto (lump) sem que até hoje se tenha uma causa definida para essa anomalia. Experientes criadores aconselham para diminuir a incidęncia de quistos 3 providęncias: năo acasalar nevado com nevado; fornecer na época de muda mistura de sementes oleaginosas e farinhada com boa carga de óleo e banhos 2 vezes por semana... 
 
...que o processo seguro para testar se o ovo está fecundado e com embriăo vivo é colocá-lo no 110 dia de choco numa vasilha com água morna a 36 graus, e verificar se ele meche como um pęndulo. Caso positivo, retorne-o ao ninho que o filhote nascerá em 2 ou 3 dias...
 
...que para soltar ovo preso é suficiente passar de leve na cloaca da canária um pouco de "VIC VAPORUB"... 
 
...que para evitar que o macho ou fęmea comam ovo, basta injetar com uma seringa um pouco de amônia no interior de um ovo e deixá-lo no ninho. O forte cheiro da amônia que irá exalar quando bicado, afastará os "bicudos" desse vício... 

 ...que quando filhotes atingem 16 dias e já ficam fora do ninho devem ser separados do casal por uma grade na gaiola para năo serem depenados pela măe que, desejando fazer novo ninho, procura nas penas dos filhotes o material necessário... 
 
...que é boa a prática separar o macho da fęmea quando esta começa o choco afim de que ela se habitue a procurar alimentos para si e, quando nascerem os filhotes, năo tenha "preguiça" de sair para alimentá-los... 
 
...que macho muito pronto que procura galar a fęmea durante o choco provocando quebra de ovos, deve ser separado pela grade da gaiola e retornado após 3 dias de nascidos os filhotes... 
 
...que para evitar que a canária jogue fora do ninho filhotes após anilhados, é conveniente colocar-se pendurado acima do ninho um fio de nylon com anéis emprestáveis para que ela se habitue a vę-los a năo procure arrancar os colocados nos filhotes... 
 
...que em regiőes de escassa umidade do ar, geralmente muitos ovos năo eclodem, sendo recomendável 2 dias antes da data prevista para o nascimento, colocá-los por 5 minutos em água morna a 30 graus e molhar o ninho... 

 ...que para evitar o canibalismo adicione óleo de girassol na farinhada dos filhotes após separá-los em voadeiras até o término da muda, na proporçăo de uma colher de sopra para um quilo de farinhada seca ou, se preferir, fornecer farinhada pronta existente no mercado especialmente preparada para esse fim... 
 
...que os canários brancos ficam com a plumagem mais alva quando se banham em água com bicarbonato de sódio duas vezes por semana. Para um litro d'água colocar 2 gramas do produto e servir para o banho. Os canários devem secar na sombra e, no dia seguinte, ser colocados ao sol... 
 
... que a vitamina E (anti-esterilidade) é essencial ŕ reproduçăo, que estimula a fertilidade no organismo do canário, seja macho ou fęmea ... 
 
... que a mistura de semente deve ser a alimentaçăo básica do canário ... 

 ... que é de suma importância que use apenas sementes frescas, porque as velhas, na realidade envenenarăo seu passarinho com as toxinas geradas pelo ranço e o mofo ... 

 ... que o alpiste é pobre em proteínas, mas rico em carboidratos; e que estes carboidratos fornecem calorias para o corpo e săo a principal fonte de energia do canário ... 

 ... que a colza é rica em proteínas e gorduras correlatos e contém carboidratos que săo ricos em vitamina A e mais facilmente digeríveis que os do alpiste ... 
 
... que a gema de ovo é rica em vitamina A, bem como o óleo de fígado de bacalhau e o leite ...

 ... que o canário homozigoto é fácil de ser identificado se vocę observar a expressăo máxima de lipocromo que ele exibe no final das penas da cauda... 

 ... que algumas pipocas que aparecem nos pés dos canários, ŕs vezes, săo causadas por picadas de mosquitos. É aconselhável colocar telas nas janelas e portas do seu criadouro... 
 
... que os antigos criadores colocavam nas gaiolas de seus canários, pedaços de toucinho, na época da muda? Por alguma razăo os canários sentem necessidade um pouco maior de gordura nessa época. Hoje já existem no mercado farinhadas próprias para este período... 
 
... que os canários de fator vermelho năo devem ser expostos ao sol até a data de concorrerem e se possível devem ser criados na parte menos iluminada do seu canaril e ainda que as penas das asas e cauda devem ser arrancadas para obterem uma melhor coloraçăo?... 

 ... que segundo alguns veterinários, năo se deve colocar nas patas das aves, pomadas a base de vaselina, pois sendo originária do petróleo, a vaselina destrói a pele dos pássaros... 

 ... que os canários brancos, sejam de qualquer raça, năo terăo chance de vencer, em qualquer concurso, se năo estiverem absolutamente limpos... 
 
... que nos canários mosaicos năo é permitido o arrancar de penas que cobrem os encontros dos ombros, sob pena de desclassificaçăo... 

 ... que se cruzarem dois canários muito oxidados (pés bem negros), os filhotes correm o risco de năo nascerem, o que ocasiona a morte dos filhotes, fator este conhecido como pele negra... 

 ... que as unhas dos pássaros quando aparadas o deverăo ser com o máximo de cuidado para que năo se corte a veia e provoque uma hemorragia? Caso isso aconteça e vocę năo tenha a măo um coagulante, faça o seguinte: acenda um fósforo e o apague imediatamente. Encoste-o ainda quente no ferimento. Repita várias vezes até estancar o sangue... 
 
... o uso de luz artificial na criaçăo já começa a ser questionado por alguns criadores. Eles acreditam que tal prática leva os canários a um estado de stress, tendendo para a criaçăo mais cedo, entrando em muda. O assunto é polęmico. Os meus dormem e amanhecem com luz natural. Aliás, tudo que contraria a natureza năo é bom... 
 
... na sua rua, no seu bairro ou na sua cidade existem amendoeiras? Se existem observe-as. Quando as folhas avermelhadas caírem e começarem a surgir os brotos da nova folhagem, chegou a hora de acasalar seus canários... 

 ... os canários que săo granívoros por excelęncia, transformam-se em ovívaros durante a reproduçăo e alimentam a prole com alimento regurgitado. Por isso, é essencial fornecer, principalmente nesse período, uma boa farinhada... 
 
... os pássaros de cativeiro freqüentemente apresentam alguma caręncia alimentar. Por isso, é aconselhável dar-lhes compostos de vitaminas e minerais a fim de evitar graves descompensaçőes... 
 
... lembrem-se que para concorrer com bons resultados, seus canários deverăo ter uma preparaçăo que vai do aparo das unhas até o banho, se possível, com sabăo de côco ou shampoo Jonhson infantil... 
 
... vocę deseja saber se o seu pássaro é macho ou fęmea? Proceda da seguinte forma: Arranje uma agulha de aço, um pouco maiore mais grossa que a comum. Segure a ponta da linha e como um pęndulo deixe a agulha ficar a 2 cms das costas do pássaro que vocę deverá ter seguro na outra măo. Espere alguns segundos que a agulha começará a se movimentar. Caso ela se movimente no sentido perpendicular ao corpo do pássaro é macho se girar completando voltas é fęmea. Experimente. Dizem qua năo falha... 

 ...vocę deseja formar um bom quarteto? Faça o seguinte: separa tręs fęmeas, do seu plantel, que possuam formas semelhantes e as acasale com um macho de boa qualidade. vocę irá conseguir ter filhotes muito semelhantes, o que lhe facilitará a tarefa... 

 ... no período de repouso, que vai da pós muda até o acasalamento, năo exagere no uso da farinhada a fim de evitar que os pássaros engordem muito... 

 ... se alguma fęmea do seu plantel, após a postura do ovo, pela manhă, fica no fundo da gaiola, mal podendo se movimentar, é porque, com certeza, vocę esqueceu de colocar na gaiola o pote com areia e farinha de ostra. O cálcio durante a criaçăo é fundamental. Evita o problema do ovo virado, que tanto ocorre durante esse período... 

 ... se seus pássaros estăo frios, custando a aprontar ministre cinco gotas de uísque no bebedouro, durante tręs dias. É uma antiga prática dos criadores ingleses... 
 
... misture querosene e álcool em partes iguais e pincele de quinze em quinze dias, as bandejas das gaiolas, as pontas dos poleiros e as molas dar portas. Isto lhe ajudará na prevençăo contra os piolhos, mas năo adquira querosene em vidros plásticos. O melhor é o da Petrobrás vendido em lata... 

 ... para evitar que a fęmea arranque as penas do rabo e das asas do macho, na hora de fazer o ninho, amarre um barbante năo muito fino no teto da gaiola com as pontas caídas na altura do poleiro. Ela deixará o canário em paz e poupará mais saco de aninhagem... 

 ... para saber como anda a “infestaçăo” de piolhos no seu canaril é só proceder da seguinte maneira: escolha 8 a 12 gaiolas em locais diferentes do criadouro e coloque a noite, uma banheira branca com água em baixo do canário dormindo. Pela manhă retirar o recipiente e examinar a água com uma lupa. Qualquer quantidade de piolhos encontrada será significativa e servirá como um alerta, para que medidas higięnicas sejam tomadas, e depressa... 
 
... mensalmente administramos nos pés dos canários uma mistura em partes iguais de Glicerina Líquida, Benzoato de Benzila (Acarsan, Miticoçam, etc) e Tomicol (antimicótico humano), para prevenir ou tratar doenças dos pés e unhas dos canários. Um dia após este tratamento limpamos os pés dos canários com vinagre. Em caso de aparecerem escamas ou cracas, antes do tratamento acima utilizamos Pomada de Helmerich, ŕ base de solicilatos (funciona como esfoliativo). 
Contribuiçăo de Júlio César Garcia, parcialmente retirada da Revista Pássaros n. 1 a 8 e Revista SOS 1995.

Se alguem tiver alguma dica envie para keyllo@hotmail.com

SELEÇĂO DE EXEMPLARES NA CANARICULTURA

SELEÇĂO DE EXEMPLARES NA CANARICULTURA
 Rafael Cuevas Martinez
Juiz de canários de cor/FOCDE
Artigo extraído e traduzido do site da FOA
Federación Ornitológica Andaluza
Revista ABC 2006

 
Conceitos e generalidades
            O terno seleçăo aplicado a canaricultura significa a escolha de alguns canários entre um grupo, dando preferęncia a estes.
            O homem vem selecionando canários há mais de 500 anos. Além desta seleçăo artificial, o canário doméstico, como todas as espécies, tem sido submetido ŕ influęncia da seleçăo natural, tanto de forma parcial devido ŕ vida em cativeiro e por algumas mutaçőes (canários brancos ou enfermos, por exemplo) que em estado silvestre desapareceriam, a qual tem suas vantagens, mas também seus inconvenientes.
            A seleçăo natural determina que os indivíduos de uma espécie melhores adaptados ao meio sobrevivam e transmitam suas características ŕ geraçăo seguinte.
            A seleçăo artificial é eficaz para se trocar os fenótipos nas populaçőes animais e vegetais. Desta maneira, vem se conseguindo, por exemplo, vacas com maior produçăo de leite, galinhas com maior postura e maior tamanho do ovo, vegetais mais resistentes ŕ pragas, etc.
            A seleçăo (natural e artificial), juntamente com a mutaçăo, hibridaçăo, crossing-over e cruzamentos adequados vem dando origem a numerosas raças e variedades de canários de cor, canto e porte que conhecemos atualmente.
            A reproduçăo sexual por meio de intercâmbio genético, separaçăo dos pares de cromossomos homólogos e sua distribuiçăo aleatória nos gametas – processos que  ocorrem durante a meiose durante a formaçăo dos gametas – assim como as múltiplas combinaçőes genéticas que se podem dar pelo encontro dos gametas mediante a fecundaçăo, além das mutaçőes, constitui uma importante fonte de variabilidade genética, sobre a qual tanto atuarăo a seleçăo natural como a seleçăo artificial – determinada fundamentalmente por um critério de beleza proposto pelo homem – proporcionando a evoluçăo do canário. A seleçăo depende da variabilidade genética, e a sua atuaçăo reduz a “sorte” da variabilidade.
            No momento de seleçăo dos exemplares devemos ter muito claro que características săo transmissíveis pela descendęncia, as quais se devem ao efeito ambiental e o grau de influęncia que o ambiente exerce na expressăo de determinadas características. A hereditariedade faz referęncia ŕ proporçăo de variaçăo fenotípica de uma característica devida ŕ herança e năo a fatores ambientais. A hereditariedade pode ser alta, média e baixa. Seus valores oscilam entre 0 e 1. É muito importante conhecer a hereditariedade de cada característica que pretendemos selecionar, já que em funçăo da hereditariedade de cada característica, obteremos uma pior reposta mediante ŕ seleçăo; se a hereditariedade é baixa, ao selecionar os melhores fenótipos, é possível que năo elejamos os melhores genes, que poderiam estar “mascarados” pelo efeito do meio ambiente.
            As características devidas a uma herança poligęnica ou quantitativas, como o fator de refraçăo, tamanho, expressăo da categoria, săo muito mais difíceis de selecionar e melhorar do que as devidas ŕ uma herança de tipo mendeliano 1, devido a que intervem numerosos pares de genes (poligenes) e o meio ambiente tem maior influęncia.
            A seleçăo produz uma variaçăo nas freqüęncias genotípicas2 e fenotípicas3 de uma geraçăo ŕ outra, diminuindo a freqüęncia de alguns genes e aumentando a de outros.
 Objetivos da seleçăo
            Por meio da seleçăo e com o passar do tempo, eliminaremos de nosso criador aqueles canários com características morfológicas, funcionais ou fisiológicas, sanitárias, de comportamento, etc., năo desejados e com isto suprimiremos os genes responsáveis pela apariçăo de tais fenótipos. Devemos priorizar a seleçăo pela saúde ŕ qualquer outro tipo de seleçăo, o que nos trará muitas recompensas. É muito conveniente, na medida do possível, levar a cabo uma seleçăo integral ou total, ou seja, aquela que considera numerosos aspectos do exemplar e năo exclusivamente as características sujeitas ŕ avaliaçăo em concursos.
            Com a seleçăo conseguiremos os seguintes benefícios:
            Prevençăo de enfermidades hereditárias;
            Melhora da fertilidade e criaçăo;
            Maior resistęncia ŕ infecçőes;
            Eliminaçăo de malformaçőes, quistos, etc;
            Exemplares mais saudáveis e robustos;
            Homogeneidade nas características dos exemplares de nosso criador;
            Maior produtividade;
            Melhora genotípica e fenotípica na cor, tamanho, forma, canto e todas as características que desejamos ŕ seleçăo;
            Realizaçăo da muda com mais facilidade.
            Todos estes benefícios farăo com que o criador se sinta satisfeito com sua atividade ao obter uma melhora na qualidade dos exemplares, o que, sem dúvida, repercutirá nas pontuaçőes destes em concursos e nos resultados da próxima temporada da criaçăo.
 Tipos de exemplares a selecionar
            Podemos selecionar exemplares para a reproduçăo (seleçăo de reprodutores), ou bem para fins de competiçăo (seleçăo de exemplares para concursos – exposiçőes).
 Seleçăo de reprodutores
            A seleçăo de reprodutores é fundamental e constitui o primeiro passo para conseguir a melhora genética em uma ou várias características no grupo ou grupos de canários que criamos. Para que se colha todos seus frutos, a seleçăo deve posteriormente complementar-se com adequados cruzamentos, baseados em um conhecimento genético básico aplicado a canaricultura, seja de canto, de cor, etc.
 Seleçăo de exemplares para concursos-exposiçőes
            A seleçăo de exemplares com fins expositivos difere em alguns aspectos com respeito ŕ seleçăo de reprodutores, apresentando as seguintes peculiaridades:
            1-Somente serăo selecionados os exemplares no vos (filhotes);
            2-Năo se poderăo selecionar exemplares, que podem ser selecionados como reprodutores, mas que lhes falte uma unha ou plumagem, por exemplo, ou que năo foram anilhados, etc.
            3-Deveremos selecionar os exemplares que por seu sexo, variedade ou categoria lhes de mais qualidade ŕ essa grama. Por exemplo, os machos tanto intensos como nevados, salvo exceçőes, săo melhores que as fęmeas. Em relaçăo ao tipo, variedade e categoria de que temos disponíveis, se selecionarăo os machos, as fęmeas ou ambos.
            A incorporaçăo do fator de refraçăo melhora, em geral, a qualidade do exemplar.
 Número de exemplares a selecionar
            A produçăo anual de exemplares (quantidade) favorece a melhora genética, já que indubitavelmente, quanto mais exemplares obtivermos, a probabilidade de que entre eles haja bons exemplares selecionados é direta. Quer dizer, se no lugar de obter 100 exemplares, com os mesmos casais obtivermos 150, é lógico que tiraremos um maior número de exemplares ótimos. Portanto, é muito importante que se tenha uma boa criaçăo, para isso devemos nos dedicar com todo esforço e tempo necessários.
            Para obter um número suficiente de exemplares de uma determinada variedade e poder selecionar-los, é conveniente, obviamente, ter um certo número de casais; em tal sentido recomendo o criador ŕ especializaçăo em uma(s) determinada(s) variedade(s). É muito importante partir de exemplares provenientes de uma linhagem de alta qualidade. Por uma maior qualidade de uma linhagem, o número de exemplares de descarte será menor, e vice-versa.
            Tenha claro quantos casais formará para a próxima temporada e deixe alguns exemplares de reserva, principalmente fęmeas.
            Fique com os exemplares que realmente valham a pena para concursos ou como reprodutores.
 Intensidade da seleçăo
            Deve-se dar atençăo que mediante a uma seleçăo muito intensa năo reduzamos excessivamente a variabilidade genética em nosso criadouro, o que dará lugar a uma maior consangüinidade, com efeitos negativos sobre a fertilidade, tamanho, etc.
            Com uma seleçăo muito rigorosa poderemos obter bons resultados de forma mais rápida, mas nos resultará numa dificuldade de manter-los por vários anos se a consangüinidade for muito elevada. Com uma seleçăo menos rigorosa levaremos mais tempo para conseguir bons resultados, mas nos manteremos durante muito tempo, já que a variabilidade genética é maior e, portanto por haver menor consangüinidade, năo aparecerăo, ou se aparecerem serăo em menor quantidade os efeitos negativos desta.
            É muito importante a homogeneidade da linhagem, dentro de uma certa variabilidade genética, mais do que dispor de vários exemplares de ótima qualidade com uma linha mais heterogęnea geneticamente.
            A intensidade da seleçăo diminui com o tempo, já que ŕ medida que passam as geraçőes, haverá uma maior porcentagem de indivíduos que manifestam estas características.
 Momento da seleçăo
            Podemos levar em consideraçăo a seleçăo em dois momentos diferentes:
            a)Após o final da criaçăo – Procederemos a eliminar aqueles reprodutores que tiveram maus resultados: machos estéreis, fęmeas com baixa taxa de postura, fęmeas que năo criam bem, que biquem os ovos ou os filhotes, casais nos quais morrem a maioria dos filhotes e exemplares que por sua idade năo é conveniente que criem na próxima temporada. Igualmente procederemos, dentro dos jovens, a eliminar aqueles pássaros lipocromicos com manchas melânicas, unha ou plumas brancas nos melânicos, malformaçőes, quistos, etc.
            b)Após o fim da muda de penas – Terminada a muda, o pássaro expressará o máximo de sua cor e outras características genéticas e será o momento adequado para proceder sua seleçăo. Se fará uma previa sexagem dos filhotes. Serăo eliminados os exemplares com muda defeituosa, pois isto é sinal de saúde delicada. Também poderemos optar por eliminar aqueles exemplares que nasceram muito tarde na temporada, pois é provável que no próximo ano năo criem.
 Seleçăo de exemplares de categoria mosaico
            Em relaçăo aos canários de categoria mosaico, em sua seleçăo deverá levar em conta a linha que seguimos em nosso criador (linha de macho ou linha de fęmeas), e que a seleçăo seja para reprodutores ou de exemplares para concurso, pois se seguimos a linha macho, as fęmeas mesmo que sejam selecionadas como reprodutoras, năo serăo aptas para concurso, pois terăo categoria defeituosa. Um exemplo similar, podemos apresentar com os machos mosaicos da linha fęmea, que pela mesma razăo anterior năo serăo aptos para concurso.
 Tipos e técnicas de seleçăo
            Previamente ŕ seleçăo dos exemplares se procederá uma valorizaçăo de todas as características a selecionar.
Para levar em consideraçăo a seleçăo é muito importante ter um bom registro de todos os exemplares, em que nele constem suas características, filiaçăo, defeitos e virtudes. Este registro poderá ser feito mediante um programa de computador.
Na seleçăo de exemplares deveremos ser objetivos e năo deixemos levar por sentimentalismo por determinados exemplares que poderiam prejudicar a seleçăo.
É indubitável que para selecionar uma determinada característica, seja de cor, canto ou postura, devemos conhecer a perfeiçăo das características ótimas da característica que pretendemos selecionar. O canaricultor está obrigado a ter um conhecimento detalhado e atualizado do padrăo dos tipos de canários ou outros pássaros que cria se quiser fazer uma boa seleçăo de seus exemplares.
Selecionar baseando-se exclusivamente no fenótipo de cada exemplar  isoladamente (seleçăo individual) é algo parcial, considerando a influencia do meio ambiente, especialmente em algumas características. É importante selecionar, por comparaçăo com o fenótipo dos exemplares parentes, que dizer, consangüíneos:
ascendentes, descendentes, irmăos, primos, etc, pois nos dará uma idéia mais aproximada da natureza dos genes deste exemplar, é o que se conhece por seleçăo familiar. Podemos efetuar este tipo de seleçăo baseando-nos em:
a) ascendentes (pais, avós, etc)
b) descendentes (filhos, netos, etc)
c) irmăos que é a mais freqüente na canaricultura. A seleçăo por descendentes permite calcular o valor genotípico do exemplar através da observaçăo do fenótipo da prole.
Ŕs vezes se pode realizar utilizando de forma combinada estas tręs opçőes, o que é indubitavelmente melhor, porém mais trabalhoso.
A seleçăo em nível familiar é mais confiável que a individual já que se efetua considerando um maior número de dados. A seleçăo familiar é necessária para selecionar algumas características, por exemplo, se queremos selecionar um canário macho pela produçăo de ovos, teremos que avaliar seu valor genético por seus familiares fęmeas, ou ao contrario, se queremos selecionar uma fęmea pelas características de canto, deveremos nos fixar em seus familiares machos. Naquelas características de baixa hereditariedade, a partir da observaçăo dos fenótipos de seus familiares, poderemos obter uma informaçăo mais detalhada.
Quando a seleçăo de um indivíduo se realiza exclusivamente em funçăo do valor de sua família, se fala em seleçăo familiar e se somente se considera o valor de um indivíduo em relaçăo a família se trata de uma seleçăo  intrafamiliar.
A seleçăo combinada considera conjuntamente a seleçăo familiar e intrafamiliar e é mais exata.
Poderemos levar em consideraçăo a seleçăo de forma isolada para cada uma das características, eliminando os indivíduos ou famílias que pior expressem estas características, ou considerando de forma combinada todas as características a selecionar e estabelecendo uma pontuaçăo em cada exemplar para cada característica.   Somaríamos todos esses valores parciais em um valor total e para cada exemplar conhecido (índice de seleçăo). Os métodos usados para construir o índice de seleçăo săo variados. Posteriormente aluaríamos selecionando os exemplares que apresentem um maior valor numérico no índice citado e eliminaríamos os exemplares mais mal pontuados para todas estas características, consideradas conjuntamente. A seleçăo raramente se utiliza raramente de uma só característica, mas sim para
várias ao mesmo tempo. Por menor número de características selecionadas se conseguirá uma maior qualidade nos mesmos que se o número de
características é maior, já que a precisăo de seleçăo neste último caso é menor.
Considero que a seleçăo isolada de características é menos rigorosa e mais sujeita a erros que a seleçăo combinada, já que podemos descartar um exemplar simplesmente porque uma só característica năo se expresse corretamente.
Se dispomos de uma variedade com várias linhas de criaçăo, mediante ŕ seleçăo, podemos atuar reduzindo o número de linhas ou de famílias dentro de uma mesma linha, por exemplo, tomaremos todos os exemplares de
cada uma das linhas e compararemos em grupos entre cada linha (seleçăo interlinha), elegendo as melhores, descartando os exemplares das piores linhas. Posteriormente atuaremos elegendo os melhores exemplares em cada linha (seleçăo intralinha) ou família selecionada.
Na medida do possível, teremos várias linhas, assim poderemos optar por reproduzir um maior número de exemplares das linhas de melhor qualidade.
A melhora de uma linhagem é uma questăo trabalhosa e em longo prazo, pouco a pouco.
Se selecionarmos uma determinada família e observarmos, năo obstante, que um exemplar se destaca na média na apresentaçăo de uma determinada característica, procederemos a elimina-lo. Quer dizer, deve-se eliminar, em todo momento, as expressőes extremas e defeituosas das características que selecionamos, sempre e quando estamos selecionando valores medianos e năo valores extremos, como ocorre em alguns tipos de seleçăo, como por exemplo, pelo tamanho. A seleçăo das características quantitativas como o tamanho, se pode realizar elegendo um dos valores extremos de apresentaçăo de certa característica (por excesso ou por defeito), ou elegendo os valores centrais ("recortar as pontas") em funçăo de que selecionaremos pássaros grandes, pequenos ou de tamanho normal.
 
GLOSSÁRIO:
1 - Mendeliano : quando nos referimos ŕs Leis de Mendel (referentes a tipos de hereditariedade de características genéticas)
2 - Genotípico : conjunto de caracteres genéticos que determinam o fenótipo de um indivíduo.
3 - Fenotípico : conjunto de caracteres físicos (por exemplo cor, desenho) que nos permite identificar indivíduos como pertencentes a um certo grupo.

SAÚDE "ENTRA PELO BICO E SE INSTALA NA HIGIENE"

Saúde... "entra pelo bico e se instala com a higiene"

Humberto Heidrich
Canela – RS
Revista Pássaros ano 8 nro 41/2003
Retirado do site Criadouro Kakapo

Iniciamos por uma boa alimentação, sementes limpas e balanceadas: 60% alpiste, 20% colza, 10% niger, 10% aveia variando na muda da pena e nos dias frios com sementes que possuam mais óleo como a linhaça, ocupando o lugar do alpiste em 4%.

Aqui formulamos uma farinhada econômica e rica em nutrientes, que pode ser administrada durante os meses de cria no desmame e na manutenção de todo o plantel, variando as fórmulas abaixo:

- Farinha de milho fina e de boa qualidade 70%

- Amamenta leite em pó vitaminado para animais 10%

- Ovos duro com casca 10%

- Mel puro ,05%

- Farinha de carne ou soja 05%

No enriquecimento da farinha usamos especialmente na muda da pena, cenoura crua para os canários com fator vermelho e nos meses de cria, após a muda da pena todos os canários podem receber cenoura, para fortificarmos os canários, dar brilho as penas e fortifica-las usamos a Emulsão Scott (óleo de fígado de bacalhau) a 1,5% e polivitamínico de alta concentração POLIFORT em pó a 100g dando assim adeus as vitaminas colocadas na água de beber, concentrando tudo na farinhada.

Usamos também em dias alternados ou seja de 4 em 4 dias dois dentes de alho cru, Propolina L3, na proporção de 4cm por kilo de mistura. Nos custando por kilo de farinhada U$0,90 que da para tratar de 450 a 500 canários por dia. Processamos toda esta mistura no MULTIPROCESSADOR nos dando assim uma mistura bem equilibrada e de boa textura.

Estamos servindo aos canários e que nos diminuiu em 20% o consumo de sementes, ração inicial para pintos de um dia, o canário seleciona o que lhe convém como sais minerais e outros nutrientes indispensáveis para a manutenção de boa saúde para o plantel. Sirva em um comedouro dentro da voadeira, gaiola ou viveiro aberto do tipo banheirinha para que o canário possa selecionar o que gosta, você obterá ótimos resultados.

Não esqueça de oferecer aos canários folhas verdes como couve, espinafre em dias alternados durante os meses de cria ofereça couve todos os dias, os pais tratam melhor os filhotes. Lave-as bem e certifique-se da origem para evitar defensivos agrícolas.

No capítulo que trata de higiene, troque os papeis do fundo da gaiola em dias alternados, troque o piso de três em três dias cuide com os poleiros limpe-os de quinze em quinze dias. Utilize o pulverizador de mão com desinfetante do tipo pinho-sol a 3% coloque também um pouco de vinagre na mistura para evitar os piolhos dirigindo o j ato para o chão do canaril todas as fezes que você for varre-lo evitando poeira e ao mesmo tempo desinfetando o chão; use também SBP aerosol líquidos em jato rasteiros parai evitar a proliferação de ácaros que tanto nos atormenta é um ótimo acaricida e não prejudica o canários de dez em dez dias.

Vacine os canários antes do acasalamento e após o desmamei com IVOMEC uma gota na cocha arrancando mais ou menos umas trás peninhas friccione com a lateral do conta-gotas após a colocação da gota, agindo como vermífugo e acaricida.

Tudo isto parece difícil mas não é quando se tem amor pela canaricultura e gostamos de transmitir aquilo que na luta do dia a dia nos ensina e nos traz satisfação e resultados, faça o mesmo você também.

Princípios Básicos na Criação de Canários

Princípios Básicos na Criação de Canários

Local de Criação
Para iniciar uma pequena criação de canários, geralmente pode-se adaptar algum cômodo já existente na casa. De preferência, a acomodação deve ser provida de janelas voltadas para o sol nascente, protegidas por uma tela de malha fina para evitar a entrada de insetos. Deve-se observar a posição das janelas, de modo a evitar corrente direta de ar sobre as gaiolas. Entretanto, é necessário que haja circulação de ar, o que pode ser solucionado com pequenas aberturas junto ao forro, que facilitarão a saída de ar quente. 
Gaiolas
As gaiolas indicadas para a criação de canários são as de arame galvanizado com grade divisória removível e suportes externos para bebedouros e comedouros. 
Existem no mercado diversos tipos de gaiolas e excelentes fabricantes. Antes de adquiri-las é recomendável fazer uma pesquisa cuidadosa para eleger o modelo mais conveniente, o melhor acabamento e preço, sendo interessante ouvir a opinião de criadores experientes. Feita a escolha, deve-se adquirir gaiolas iguais e do mesmo fabricante, para padronizar o equipamento e facilitar o manuseio. É recomendável que se adquira uma grade-piso sobressalente para cada gaiola, o que facilitará a limpeza. O fundo da gaiola, conhecido como bandeja, deve ser forrado com papel absorvente (como folhas de jornal). Sempre que houver acúmulo de dejetos deve-se trocar o papel (dias alternados). Pelo menos duas vezes por semana as grades-piso devem ser trocadas por outras limpas. As grades retiradas devem ser imersas em água por algumas horas, depois cuidadosamente esfregadas e imersas novamente por algumas horas em solução desinfetante. 
Os poleiros também precisam de cuidados especiais. Devem ser mantidos limpos e, se possível, trocados a cada duas semanas. 
Acessórios e Utensílios
A variedade de acessórios para gaiolas encontrada no mercado é grande. Porém, deve-se evitar sobrecarregar as gaiolas com equipamentos supérfluos, que acabam dificultando a manutenção e a higiene. 
Os acessórios mais indicados são os comedouros e bebedouros em forma de concha ou meia-lua, recipientes que devem ser mantidos limpos para evitar a formação de limo (algas) e o acúmulo de pó. 
Além da limpeza diária dos bebedouros com pincel, escova ou esponja, pelo menos uma vez por semana eles devem ser mergulhados por algumas horas em solução de cloro e depois enxaguados em água corrente. Os comedouros destinados às sementes devem ser constantemente esvaziados para evitar o acúmulo de pó e podem ser trocados para lavagem em espaços de tempo maiores. 
Para ministrar alimentos úmidos como farinhadas e papas, usam-se vasilhas de louça, vidro ou plástico, que devem ser substituídos diariamente e tratados com o mesmo rigor higiênico. 
Os canários precisam tomar banhos freqüentes e para isso pode-se adquirir banheiras plásticas de tamanho grande, mas que permitam a sua passagem pela porta da gaiola. Existem no mercado banheiras plásticas externas que podem ser adaptadas à porta da gaiola. 
Durante a época de criação deve-se fornecer aos casais ninhos adequados, sendo muito usados os de plástico que são duráveis e higiênicos. Os ninhos devem receber forros de flanela, corda ou feltro, comunmente encontrados em lojas especializadas. 
É importante trocar os ninhos quando os filhotes são anilhados e sempre usar ninhos limpos a cada nova ninhada, o ninho e o forro deve ser da mesma cor pois a canária pode abandonar os filhotes. Depois que os filhotes abrem os olhos não é recomendável manusear os ninhos, para evitar que eles abandonem o ninho precocemente, causando sérios inconvenientes. 
Acasalamento
Considerando-se a variação natural da luz solar, anualmente ocorre um aumento gradual e contínuo do tempo de duração da luminosidade, a partir de 21 de junho, alcançando o máximo em 21 de dezembro. Esse período influencia o ciclo produtivo dos canários. Assim, o período indicado para iniciar os acasalamentos é entre a segunda quinzena de julho e a primeira quinzena de agosto. 
Os machos e as fêmeas devem ser colocados nas gaiolas de cria, separados pela grade divisória, para um período de adaptação. Deve-se fornecer às fêmeas o ninho e estopa (desfiada ou em pedaços de 5cm X 5cm presos na gaiola). Quando os pássaros começarem a trocar comida através da grade e a fêmea confeccionar o ninho, a grade é removida. 
Postura
A postura do primeiro ovo ocorre entre seis e oito dias depois da primeira cópula. Geralmente a canária bota 3 ou 4 ovos, em dias seguidos. Em alguns casos ocorre um intervalo de um dia entre um ovo e outro. 
Nas primeiras horas da manhã (entre 5 e 7 horas) a canária realiza a postura e é coberta pelo macho, o que assegura a fecundação dos ovos posteriores. Por isso, não é conveniente entrar no Criadouro muito cedo. 
Todas as manhãs, depois das 7 horas, os ovos recém-postos devem ser retirados e substituídos por ovos de plástico. Os ovos recolhidos devem ser colocados em recipientes com areia, algodão ou semente esférica (sementes pontiagudas como o alpiste podem perfurar a casca). e mantidos em temperatura ambiente. 
Após a postura do último ovo, que normalmente é de cor mais escura, os ovos devem voltar ao ninho. Esse e considerado o primeiro dia da incubação. Com esse procedimento, os filhotes nascerão no mesmo dia e terão a mesma oportunidade de desenvolvimento. 
Incubação
Normalmente a incubação dura 13 dias. Nesse período o ambiente deve ser tranqüilo e a manipulação da gaiola deve ser rápida, para não incomodar a canária. 
Durante a incubação os ovos perdem água através da casca, que é porosa para permitir a troca de gases necessários para o desenvolvimento do embrião. Nesse processo de "respiração" o vapor expelido deve ser reposto. Por isso, a umidade relativa do ar deve ser mais elevada. As canárias naturalmente molham suas penas, sendo conveniente colocar banheiras na gaiola, principalmente nos 4 últimos dias da incubação. Se a fêmea não se banha, pode-se pulverizar a gaiola ou colocar esponjas úmidas no fundo da gaiola, embaixo do ninho. 
O diagnóstico da fertilidade dos ovos e feito a partir do 8º dia, examinando-os através de um foco de luz. Para isso é usado um aparelho, o ovoscópio, que consiste numa caixa com uma lâmpada dentro e um pequeno orifício onde o ovo é colocado. Nos ovos não fecundados é possível distinguir a clara da gema; já nos ovos fecundados isso não é possível. Com a prática pode-se distinguir os ovos "claros" dos fecundados, que adquirem uma coloração mais intensa e fosca. Os ovos abortados são perigosos para os ovos normais. Por isso, a ovoscópia é importante. 
Nascimento
Na maioria dos casos o nascimento é exatamente no 13º dia de incubação. Entretanto, se o nascimento não ocorrer dentro do previsto, deve-se ter paciência e aguardar. Várias circunstâncias podem causar o atraso. Há fêmeas que não chocam e saem do ninho com freqüência. A falta de umidade também pode influir. Não abra ou jogue fora um ovo até pelo menos o 15º dia de choco e, mesmo assim, faça mais um teste de vitalidade. Para isso coloca-se o ovo num recipiente com água morna e aguarda-se alguns segundos. Se o embrião estiver vivo, o ovo flutuará com a ponta para baixo, uma vez que a câmara de ar ocupa o polo mais largo, e balança ligeiramente. Os ovos abortados flutuarão de lado ou afundarão. 
Anilhamento
O sistema mais prático e seguro para identificar as aves é o Anilhamento. As anilhas são pequenos anéis invioláveis de alumínio que são colocados nas pernas dos filhotes no 7º dia de vida, levando-se em conta o seu desenvolvimento. Na anilha estão gravadas as siglas da Federação e da Sociedade que a emitiu, o ano do nascimento do pássaro, o número de ordem e o número do criador. Essa anilha é a identidade do pássaro, pois não sairá mais da sua perna. Com esses dados poderá emitir o Pedigree. 
Os pássaros precisam da anilha para participar de Exposições e Concursos Oficiais. A colocação é um processo delicado e às vezes difícil. Deve ser feito sobre uma mesa forrada com papel, pois ao pegar os filhotes é provável que eles defequem. 
Para anilhar, toma-se o filhote com a mão esquerda e a anilha com a mão direita. Passa-se a anilha pelos três dedos anteriores, deslocando-a pelo dedo posterior, que deve estar no mesmo sentido da perna. Em seguida, libera-se o dedo posterior. Essa operação pode ser facilitada com o uso de vaselina ou outro lubrificante neutro. 
Separação dos Filhotes
As ninhadas bem nutridas deixam o ninho entre 15 e 18 dias. Porém, a permanência no ninho até 20 dias é normal. Poucos dias depois, os filhotes começam a bicar os alimentos, principalmente a Farinhada, frutas e verduras. Com um mês já quebram sementes, e podem ser separados dos pais. Uma regra prática interessante é não separar os filhotes enquanto eles apresentarem penugem na cabeça. 
Normalmente, por volta do 25º dia, a fêmea inicia outro ciclo e começa a se preparar para uma nova postura. Nesse período, os pais podem depenar os filhotes, em busca de material para o novo ninho. Isso é evitado separando-se os filhotes dos pais com a grade divisória e oferecendo ao casal material para o ninho. Os pais alimentam os filhotes pela grade, por isso devem ser colocados poleiros baixos e próximos à grade divisória dos dois lados. 
Alimentação dos Filhotes
Deve-se oferecer aos pais alimentação farta e variada. A Farinhada com ovo cozido deve ser ministrada várias vezes ao dia, em quantidades pequenas. Pode-se usas verduras como almeirão, chicória e couve, sempre frescas e bem lavadas, bem como maçã e jiló. 
A variedade de sementes é importante. Além do alpiste, a aveia sem casca (principalmente na primeira semana) e o Níger devem ser oferecidos em comedouros separados. Alguns criadores usam pão amanhecido, descascado e cortado em fatias, que é mergulhado em água e espremidos várias vezes, e depois mergulhados em leite e espremidos novamente. 
Se os pais não alimentam corretamente seus filhotes. Nesses casos, a retirada do macho da gaiola é recomendada. Também é recomendado oferecer água fortemente açucarada e pedaços de maçã por um dia. Outro recurso é retirar o ninho com os filhotes por alguns momentos. Assim, a fêmea se alimenta e acaba alimentando os filhotes quando volta ao ninho. caso todas as manobras para fazer com a que a fêmea trate os filhotes falhem, pode-se distribuir os filhotes entre as outras fêmeas que tratam bem. 
Alguns criadores costumam alimentar os filhotes no bico, com alimentos pastosos. Esse procedimento não deve ser usado o tempo todo, mas nos dois ou três primeiros dias de vida é muito importante, pois permite ao criador ministrar vitaminas e medicamentos no tratamento de colibacilose (patologia responsável pela maioria das mortes dos filhotes no ninho). Esse procedimento auxilia no desenvolvimento inicial, mantendo os filhotes em condições de pedir alimentação às mães.
Farinhada 1ªreceita
  • 1 kg de farinha de milho branca (triturada) 
  • 1/2 kg de farinha láctea ou Mucilon 
  • 200 gr de Níger 
  • 100 gr de aveia sem casca 
Modo de preparar: Misturar os ingredientes acima e adicionar duas colheres de sopa para cada ovo cozido e passado na peneira. Colocar a disposição do pássaro em vasilha separada. 
Resumo das Datas
Dias e Épocas Acontecimentos
Inicio de Julho Separar o casal, em gaiolas próximas
Final de Julho ou início de Agosto Época de Acasalamento
Após 2 ou 3 dias Apaixonados unir o casal
Após 5 a 8 dias (às 7hs da manhã) Fêmea porá seu 1ºovo, totalizando 3 a 5
Após 13 a 15 dias Os ovos se eclodirão, em cada dia
Após 18 a 20 dias Os filhotes saem do ninho
Após 5 dias Separação dos filhotes

PALESTRA SOBRE MANEJO DA CRIAÇÃO

Esta palestra foi realizada no CLUBE ORNITOLÓGICO DE SÃO CARLOS-COSCar, Palestrante: João Francisco Basile da Silva, criador de canários e Juíz da OBJO.
PALESTRA SOBRE MANEJO DA CRIAÇÃO
João Francisco Basile da Silva
Juiz OBJO - - - - - - - - - 10/08/1996
DESINFECÇÃO GERAL DO CRIADOURO:
Utilizar SAIS QUARTENÁRIO DE AMONIA em solução, obedecendo as instruções do fabricante; SOLUÇÃO DE CLORO ou BIOCID.
DESINFECÇÃO PARA AS PARTES EXTERNAS DO CRIADOURO:
Misturar: 50 ml de creolina, 2,0 Kg de cal ou cloro, 10 ml de BIOCID para 10 litros de água.
PARA O PISO DO CRIADOURO, GAIOLAS. ÁGUA DE BEBER E VERDURAS:
Utilizar solução de BIOCID, seguindo instruções da embalagem. Na higienização do piso e paredes do criadouro, lavar com água e sabão. Após o enxague e secagem, aplicar solução de BIOCID e, quando estiver completamente seco, aplicar K-OBIOL ou K-OTHRINE em pó.
PARA OS EQUIPAMENTOS:
Tudo o que é usado na criação, como bebedouro, bacias, puleiros, peneiras, etc... deve ser desinfetado periodicamente. Por exemplo, uma peneira usada no preparo da farinhada, por mais limpa que aparentemente esteja, contém resíduos ricos em nutrientes que darão origem ao desenvolvimento das mais diversas bactérias e fungos, devendo, portanto, assim como os demais utensílios e acessórios, ser desinfectada uma vez por semana.
 
 
BEBEDOUROS:
Além da troca diária da água, devem ser desinfetados uma vez por semana, permanecendo de molho numa solução de água com cloro por 8 horas, na seguinte proporção: cloro líquido 10 ml / 5 lt de água - cloro em pó (granulado) 1 g / 10 l de água. Para tal procecedimento, é aconselhavel 2 jogos de bebedouros.
POLEIROS:
Deverão ser raspados pelo menos uma vez por mês e colocados numa solução, conforme indicação para os bebedouros. Depois da desinfecção, os poleiros deverão ser secados no forno (normal ou microondas) para eliminação da umidade concentrada no centro da madeira, que passará para os pés dos pássaros quando estes permanecerem estáticos durante a noite, podendo ocasionar o aparecimento de fungos. No microondas o tempo poderá ser de 5 minutos aproximadamente (citado apenas como referência). Tal como os bebedouros, é necessário poleiros de reserva.
GRADES:
Após lavagem com água e sabão, devem ser imersas em solução de cloro ou BIOCID durante 7/8 horas. O segundo produto é mais eficiente.
NINHOS:
A parte plástica é de fácil desinfecção, procedendo-se como o indicado para os bebedouros e poleiros. O forro (de corda, crochê, etc.), entretanto, é a parte que requer maior atenção, devendo, após a lavagem normal e secagem ao sol, ser desinfetado e levado ao forno. Usa-se o BIOCID para a desinfecção. O ideal seria que fossem usados forros descartáveis. A estopa cortada em círculo e presa no fundo da parte plástica por um percevejo de centro para fora é aconselhável.
O saco de estopa, fornecido aos pássaros para a feitura dos ninhos, também deve ser desinfetado. O melhor método é o da fervura. após a secagem, passar a ferro para facilitar no momento do corte. Lembramos que os forros de corda não são aconselháveis devido à dificil limpeza e desinfecção total. Toda vez que o forro for colocado, deverá ser polvilhado com K-OBIOL ou K-OTHRINE para evitar o aparecimento de piolho. A fêmea ao se acomodar no ninho espalhará o pó. Quando esta coçar o ouvido seguidamente estará tentando expulsar os piolhos, que em desespero se esconderam do veneno.
HIGIÊNE PESSOAL:
Para a lavagem das mãos recomenda-se o sabonete de limpeza PROTEX, que é bactericida. A limpeza das mãos, membros, sola do sapato, etc... são fundamentais, principalmente após a manipulação de pássaros doentes ou mortos, visitas a outros criadouros e exposições de animais, etc... Separar ou eliminar imediatamente os pássaros doentes ou irrecuperáveis é inevitável. Embora isto pareça cruel, deve-se ponderar que a saúde do plantel é o mais importante.
Outro incoveniente, notado em alguns criadouros, é a colocação de embalagens de ovos de galinha nas proximidades dos pássaros. Essas embalagens poderão, na maioria das vezes ser veículos de bactérias, pois provém de condições pouco recomendáveis.
OVOS:
Deverão ser cozidos por 20 minutos para que se livrem totalmente de possivéis bactérias. As cascas serão de grande valia para o fornecimento de cálcio para os pássaros. Devem ser administrados após trituração e mistura com areia esterilizada.
VAZIO SANITÁRIO:
Consiste na desinfecção do criadouro uma vez por ano, retirando tudo do local (inclusive os pássaros) durante um mês, para quebrar o ciclo bacteriológico. Este é um procedimento de dificil execução, uma vez que a maioria dos criadores não dispõe de 2 compartimentos para separar os pássaros.
PREPARAÇÃO PARA A CRIAÇÃO:
Tratamento válido para adultos e filhotes.
Vermifugação: 30 dias antes do acasalamento e depois a cada 60 dias, pois os pássaros ficam em contato com as fezes da gaiola e microorganismos das verduras. Recomenda-se o seguinte:
-Proverme - na água durante 3 dias; parar por uma semana e repetir a dose. Verificar dosagem na bula do produto.
-Mebendazole - na farinhada durante 5 dias (1 g por kg).
MICOPLASMA:
Organismo intermediário entre a bactéria e o fungo, é um dos maiores problemas na criação, porque vai minando o pássaro, enfraquecendo-0. O tratamento indicado é com TYLAN pó, na proporção de 2 g por kg de farinhada durante 3 dias seguidos. Este medicamento não erradica o micoplasma, mas baixa o nível de concentração. Pode ser usado também o LINCO SPECTRIN 100, na base de 1 g por kg de farinhada.
CLAVULIN 250:
Antibiótico de largo espectro que gera um aumento de postura e sobrevivência dos filhotes, ministrado na proporção de 3 g por kg de farinhada, durante 5 dias antes do acasalamento. Deve ser usado com parcimonia.
IVOMEC:
Arrancar algumas penas da coxa do pássaro, para absorção através do folículo, e aplicar 1 gota antes do início do acasalamento. para combater os efeitos colaterais dos antibióticos, é necessária a utilização de um recuperador da flora intestinal específico para aves. Indica-se o uso constante de LACTO PLUS, no mercado existe atualmente o ENTRODEX (laboratorio RAVASI) para a mesma finalidade, na proporção de 3 g por kg de ração. Um protetor hepático, à base de complexo B, também é recomendável.
DECIS 250 ou K-OTHRINE LIQUIDO:
Contra piolhos, aplicação 15 dias antes do início do acasalamento na proporção de 20 gotas por litro d’água.
Esta aplicação é para ser feita sob "jato aberto". Retira-se os recepientes com água e alimentação e pulveriza-se tudo (inclusive os pássaros). No dia seguinte fornecer banho normal. Seria importante repetir esta aplicação uma vez por mês nas paredes do criadouro antre as gaiolas.
OCERAL POMADA:
Pomada utilizada na cura de fungos das patas dos pássaros, os quais devem ser mantidos isolados dos demais.
VITAMINAS:
Melhor aquelas que são adicionadas na farinhada. As misturadas à água podem servir como meio de cultura de fungos.
Antes do início da temporada de criação, durante o vazio sanitário, todos os equipamentos a serem utilizados e o quarto do criadouro deverão ser desinfetados com FORMOL - colocado em alguns recepientes, em diversos pontos do criadouro, devendo o mesmo ficar totalmente vedado e fechado por pelo menos 15 dias, após o qual ficará aberto sem qualquer pássaro dentro, pelo mesmo período. Usar também clinafarm, contra fungos.
SUPERPOPULAÇÃO:
É um dos maiores problemas dos nossos criadouros, pois acarreta a proliferação de doenças. O número ideal de casais é de, no máximo 40 por 30 metros cúbicos construído (sem contar os filhotes).